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Fertilizantes: Indústria nacional caminha para demanda recorde em 2021

 

O ano começou com ótimas expectativas para a exportação, e a Copadubo já sentiu essa diferença. Seja pelo volume comercializado em todos os portos do país (não apenas em Paranaguá, cidade de atuação da Copadubo) ou pela alta demanda em outros países, o setor de fertilizantes mantém o seu rumo positivo em contrapartida com outros setores visivelmente afetados pela pandemia e a consequente crise econômica que assola todo o planeta.

Basta analisar o final de 2020, todas as projeções estavam otimistas com crescimento de até 5% da demanda brasileira por adubos, porém, valores estes recalculados e revistos para cima após as empresas do setor fecharem seus balanços.

Os números divulgados no mercado provam este bom momento que a Copadubo, está antecipando há algum tempo.  Na semana passada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) afirmou para o jornal Valor Econômico que o Brasil aumentou a sua área plantada com soja em 3,4% entre as safras 2019/20 e 2020/21, alcançando incríveis 38,2 milhões de hectares. Um dos fatores apontados pela Conab é a ampliação do uso de tecnologia, incluindo nesta conta, fertilizantes. O resultado foi que a produção cresceu 7,1% se compararmos neste mesmo período de safra, alcançando  133,7 milhões de toneladas.

Fertilizantes ganhando mais espaço além da soja
Já o chamado “milho safrinha”, cultivado entre as safras do grão (entre janeiro e abril, quase sempre depois da soja precoce) e cujos principais estados estão  na região Centro-Sul brasileira – Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e, mais recentemente, Minas Gerais , a Conab possui boas projeções, mas com um diferencial: a área será a mesma de todos os outros anos (13,8 milhões de hectares), porém, com fertilizantes de ponta e outras tecnologias, a produção poderá aumentar em 2,3%,  com perspectiva de trazer 76,8 milhões de toneladas de milho para o primeiros quatro meses do ano.

Ou seja, os fertilizantes sendo protagonistas novamente. Isso sem contar a demanda por adubo para cana-de-açúcar, talvez o segmento que mais tenha sido afetado no começo da pandemia percebido no mercado no preço do etanol,  a demanda para o café (cuja alta prevista pode ser de 4,5%) e trigo que, por sua vez, tem tudo para crescer sua produção em 16,4%.

Decreto presidencial
Outro fator decisivo é o decreto assinado recentemente pelo presidente Jair Bolsonaro criando  um grupo de trabalho interministerial para o Plano Nacional de Fertilizantes cujo objetivo é, na letra fria do texto, “… fortalecer políticas de incremento da competitividade da produção e da distribuição de insumos e de tecnologias para fertilizantes para diminuir a dependência externa e ampliar a competitividade do agronegócio brasileiro”.

Vale lembrar que o Brasil importa, aproximadamente,  75% dos fertilizantes consumidos internamente de acordo com dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).

 

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