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Brasil bate recorde em importação de fertilizantes

 

Na contramão do cenário mundial, 2021 está caminhando para ser um excelente ano para quem importou fertilizantes. O volume de compras spot, baseado em contratos futuros, é bem maior do que em 2020 pelas melhores condições comerciais (alta do dólar) para esta modalidade.

Mesmo com risco de desabastecimento assombrando o mercado, há outra corrente apontando a possibilidade de que produtores aumentem áreas plantadas de soja, milho e algodão – ou seja, vamos precisar de mais fertilizantes segundo o Boletim Logístico, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Outro fator detectado pela Cobadubo é que os produtores devem investir mais em tecnologias de plantio para melhorar a produtividade com suas culturas. Se isso se concretizar de fato, o retorno financeiro será bem melhor.

Olhando os números frios, este incremento na importação entre janeiro e setembro saltou de 24,6 para 29,1 milhões de toneladas de fertilizantes, um volume com mais de 20% acima do mesmo período do ano passado.

O outro lado da moeda ainda pesa
No entanto, temos que considerar que produtores e comerciantes de insumos agrícolas relatam problemas causados pelo atraso na entrega dos adubos adquiridos na China – gerando, por exemplo, o aumento de frota de caminhões disponíveis que não estão dando conta do aumento de volume a ser embarcado nos portos.

É o problema da oferta de fertilizantes via China, um grande produtor e exportador mundial que segue suspendendo temporariamente suas vendas para o mercado externo.

Apesar de a China ser o segundo maior exportador de fertilizantes para o Brasil até agora, a Rússia responde por 23% de todo fertilizante importado neste ano, porém novos mercados começam a aparecer como opção, ajudando a reduzir, mesmo que em pouco volume, a dependência brasileira do mercado chinês.

Essa diversificação faz com que o Brasil possa ter uma boa perspectiva em importação e exportação de fertilizantes.

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